Estimulação Elétrica Transcraniana em Évora
- CMI Évora
- Mar 18
- 2 min read
A estimulação elétrica é uma técnica de estimulação cerebral não invasiva e indolor que aplica correntes elétricas fracas no cérebro através do couro cabeludo, modificando as atividades neuronais subjacentes à área que está a ser estimulada, assim como a conectividade com as outras áreas

De entre as várias técnicas de estimulação elétrica, a estimulação transcraniana com corrente direta (tDCS, em inglês) é a mais utilizada e aplica-se por norma em períodos de 20 minutos por sessão, sendo complementar e simultânea a outro tratamento (fisioterapia, terapia ocupacional, terapia da fala ou treino cognitivo). O propósito é que o cérebro esteja ativo durante este período de estimulação.
A técnica pressupõe a colocação de elétrodos na zona cerebral que se pretende estimular ou inibir, consoante o objetivo seja aumentar ou diminuir a atividade neuronal dessa mesma área.
Que vantagens e resultados podem ser esperados?
Está demostrado que a aplicação repetida de tDCS durante períodos de várias semanas pode induzir mudanças duradouras na conectividade do cérebro e influenciar a capacidade motora, cognitiva ou de controlo emocional/comportamental dos pacientes, e assim contribuir para a ocorrência de melhorias clínicas significativas.
Ainda que os efeitos clínicos dependam de vários fatores, a duração do efeito da estimulação mantém-se entre 2 e 4 meses. Os benefícios clinicamente significativos têm-se verificado em mais de metade dos pacientes tratados após 90 dias do tratamento, e a tolerância é superior a 90%, ou seja, 9 em cada 10 concluem o tratamento sem desistir e não relatam efeitos adversos ou secundários).
A tDCS tem efeitos secundários?
Os efeitos secundários relatados incluem sensações de formigueiro e comichão, bem como vermelhidão durante a estimulação devido ao contacto com o elétrodo. Também podem ocorrer dores de cabeça e fadiga após a estimulação. Contudo, estes efeitos são ligeiros e transitórios e não comprometem funções vitais, acontecendo apenas num terço dos pacientes.
Existem contra-indicações?
Sim. Existem situações em que não pode ser aplicada esta técnica, tais como:
Pessoas que tenham implantados dispositivos médicos eletrónicos ou próteses e outros dispositivos ferromagnéticos na cabeça;
Presença de queimaduras, feridas ou abrasões no couro cabeludo;
Ter ingerido qualquer tipo de estimulantes numa janela de 3 horas antes da sessão de estimulação.
Em que situações é indicada a tDCS?
A tDCS pode ser indicada para patologias neurológicas, perturbações funcionais, doenças do foro psiquiátrico, entre outras, sendo as mais frequentes:
Depressão e/ou ansiedade;
Fibromialgia;
Dor Crónica Neuropática;
Insónia;
Hipertatividade com défice de atenção (PHDA);
Sequelas motoras e da fala pós AVC (acidente vascular cerebral) /TCE (traumatismo cranioencefálico);
Heminegligencia;
Disfagia neurogénica;
Cefaleia;
Zumbido;
Parkinson;
Doença de Alzheimer;
Adições (tabagismo, álcool, drogas);
Impulsividade;
Bulimia;
Disfunção executiva;
Enxaqueca;
Esquizofrenia.
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