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TERAPIA OCUPACIONAL EM ÉVORA - A Rotina e o que Ensinamos às nossas crianças

Vamos falar, novamente, sobre a importância das rotinas. Sabemos que as rotinas são caraterizadas por “padrões de comportamento observáveis, regulares, repetitivos que dão estrutura à vida diária.” (Marques & Trigueiro, 2011)


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O facto de as rotinas serem comportamentos regulares e repetitivos resulta no aprimorar da capacidade de prever um determinado acontecimento. Essa previsibilidade dá-nos a sensação de que conseguimos dominar as situações onde estamos envolvidos. A capacidade de dominar os acontecimentos do nosso quotidiano reflete-se na capacidade de estruturarmos a nossa forma de agir perante determinado acontecimento.


Acredito que todos nós já tenhamos ficado apreensivos com uma determinada situação, apenas porque é nova para nós, porque não sabemos o que poderá acontecer e porque não temos um “modelo” dessa situação já construído, o que nos traz alguma insegurança.


Essa insegurança que nós adultos sentimentos nestas circunstâncias, as crianças também a sentem e cabe aos pais/cuidadores mais próximos transmitirem que todos nós sentimos esse receio (até os adultos) e que temos de tentar ultrapassar essas situações (que não faz mal pedir ajuda quando nos sentimos inseguros).


A sociedade de hoje está muito focada em criar crianças protótipos da perfeição, para isso exigimos e persistimos com a nossas crianças para que elas sejam as melhores. No entanto, caímos muitas vezes no erro em passar a ideia de que tem de ser melhor que os outros. Não deverá ser isso que devemos transmitir! Nós queremos que a criança, venha a ter uma “boa vida adulta”, mas para isso ela não tem de ser melhor que as outras, tem de ser é cada dia melhor em relação ao seu próprio comportamento, à sua própria atitude, tem de encontrar o seu próprio caminho, aquele que a faz ser feliz (independentemente se esse seria o sonho dos pais).


Não é fácil nós fazermos este exercício, e de uma forma leviana, nós até podemos acreditar que fazemos tudo isto, contudo as crianças de hoje em dia têm cada vez menos empatia pelos outros, partilham menos, colocam muitas vezes os outros colegas em causa por uma questão de aquisição de bens materiais.


Muitas alterações no desenvolvimento infantil estão a ocorrer devido ao contexto onde a criança está inserida, e não estamos a falar de contexto desfavorecidos socioeconomicamente, estamos a falar de contextos onde a prioridade é dar (bens materiais) em vez de lhes dar conforto e segurança.


É importante refletirmos sobre o que queremos para os nossos filhos, é importante refletirmos sobre o que queremos para a nossa sociedade. Ninguém deverá julgar ninguém sobre aquilo que estamos a ensinar às nossas crianças, mas nós próprios devemos ter juízo crítico e pensar/avaliar o que podemos melhorar. Podemos melhorar quem somos todos os dias!


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Inês Loupas, AQUI Joana Pestana, AQUI

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